casos Freud

1997 palavras 8 páginas
Em 1892 Freud inicia um tratamento com uma moça de 24 anos que sofre de dores nas pernas. Diz ser o primeiro tratamento de histeria que ele faz por completo; naquela época ele ainda se utiliza de alguns métodos que mais tarde abandona, como a hipnose, que, segundo diz mais de dez anos depois, funciona per via di porre, ou seja, por meio deste procedimento o médico acrescenta algo em vez de trazer para fora (1905), o que pode funcionar como sugestão e levar ao não entendimento do jogo psíquico de forças em questão e ao aparecimento de um substituto da doença. No entanto, a paciente algumas vezes “se opõe” a deixar-se hipnotizar e Freud empreende então com cuidado a investigação da história de Elisabeth por camadas, como que retirando-as aos poucos para chegar à gênese da neurose. Há ainda outra indicação a respeito da sugestão que diz que ela dificulta o manejo da transferência e, conseqüentemente, a superação das resistências (1912). No caso de Elisabeth, Freud ainda a coloca em situações projetadas, com o objetivo de despertar novas lembranças, pedindo que ela faça algumas coisas e se coloque em algumas situações fora de sessão.
Em Recomendações aos médicos que exercem a Psicanálise, Freud dá algumas instruções sobre o método; uma delas é que o analista não deve tomar nota durante as sessões. No caso em questão, ele afirma fazer algumas anotações acerca das lacunas que ficam no discurso da paciente, a fim de preenchê-las posteriormente para desvendar o que ficava oculto ao entendimento da doença. É preciso assinalar aqui que Elisabeth foi tratada quando Freud estava ainda no início de seus estudos, o que explica a contradição entre os textos.
Em Sobre o início do tratamento, Freud comenta que a permanência em análise, bem como a procura por ela, é motivada pelo sofrimento e pelo desejo de ser curado. Este processo é demorado e custoso (1905), tanto para o paciente quanto para o médico; dado que as mudanças profundas na mente se processam em tempo longo, o

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