Caso Ouça Bem FGV
A Ouça Bem S.A. é uma empresa brasileira no ramo de aparelhos auditivos com 50 anos de mercado e 57 pontos de venda em todo o território nacional, divididos quase uniformemente entre lojas próprias – filiais – e franquias.
O tipo de controle organizacional da Ouça Bem era familiar – o presidente da companhia era o próprio dono e, abaixo dele, encontravam-se gerentes departamentais que eram pessoas de sua confiança, por serem seus familiares ou amigos.
A Ouça Bem produzia e vendia um único tipo de aparelho auditivo, o BTE_Plus – Behind The Ear –, que era um aparelho externo, posto atrás da orelha.
Existiam, no mercado, várias classes de aparelhos auditivos que variavam dos analógicos mais baratos, em torno de $1.000, até os digitais, mais modernos e mais caros – em torno de $3.500.
O BTE_Plus pertencia a uma classe de produtos de preço mais baixo que tinha a maior participação de mercado e era de produção relativamente simples. Essa opção possibilitava à Ouça Bem ter uma linha de produção bem simples, que contrastava com a linha de produção das empresas que trabalhavam com várias linhas de aparelhos auditivos.
A compra da Ouça Bem pela Hearing Aids
A Ouça Bem estava se aproximando do limite de sua capacidade instalada de produção, e a demanda crescente de mercado por seus produtos indicava que a opção mais viável a médio prazo seria a busca por investimentos para construção de uma nova fábrica com capacidade de produção de aparelhos auditivos bem maior do que a atual.
Sabendo do sucesso da Ouça bem, a Hearing Aids, líder mundial em aparelhos auditivos, resolveu fazer uma proposta vantajosa de aquisição da Ouça Bem. Essa proposta foi aceita por seus acionistas.
A Hearing Aids
A Hearing Aids era uma empresa com quase 100 anos de operação, possuía mais de 150 subsidiárias ao redor do mundo e pertencia a um grupo europeu que detinha outros negócios relacionados à melhoria da qualidade de vida de deficientes auditivos,