Caso motorola
Em fevereiro de 1995, a Motorola conclui que suas estimativas de ganhos para o ano anterior apresentavam umquadro exageradamente otimista de sua posição financeira. A Motorola relatou ganhos recordes no quarto trimestre, deUS$ 515 milhões sobre vendas de US$ 6,45 bilhões. As altas estimativas de lucros provinham de pedidossuperestimados de telefones celulares por parte de distribuidores varejistas. O ímpeto nas vendas durante a temporadade férias de final de ano pode ter vindo graças as suas vendas para a primeira metade do ano anterior (1994). Novospedidos de telefones e celulares declinaram durante esse período.De acordo com fontes de indústria, muitas distribuidores, incluindo a US West e a BellSouth, haviam feitopedidos muito grandes. Parte do problema era que os distribuidores estavam reagindo defensivamente. Durante as duastemporadas anteriores de férias a Motorola não pôde atender às demandas dos consumidores de aparelhos portáteis,forçando a Bells e outros distribuidores a perderem vendas. Esperando não repetir o erro, as unidades de celulares daBells fizeram pedidos mais cedo e com maior frequência, duplicando os pedidos. Os distribuidores não avisaram aMotorola para diminuir sua produção a tempo em razão deste fato.Os distribuidores estavam alarmados quando os telefones pedidos começaram a jorrar, a Motorola estavaentregando tudo. Trabalhando sob um sistema de qualidade total, a Motorola eliminou praticamente todos os gargalos eestava completamente capacitada a atender à demanda das férias de final de ano. Um analista do setor eletrônico afirmaque a Motorola não monitorou adequadamente os pedidos que chegavam. O analista acrescenta: a Motorola deveria ter sabido que os pedidos estavam indo muito além da demanda.A Motorola não defrontou com um sério problema financeiro por causa desses supercarregamentos de produtos(elevados estoques), pois a alta administração prefere que os distribuidores não enfrentem problemas de