Caso Microvilar
1. INTRODUÇÃO
Apesar da oferta de diversos tipos de métodos contraceptivos no mercado, grande parte das mulheres continua engravidando sem querer. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de mulheres brasileiras estão expostas à gravidez não desejada. E as razões são várias: falta de conhecimento de métodos contraceptivos, uso inadequado deles ou mesmo falta de acesso a tais métodos.
Apesar da oferta de vários métodos contraceptivos, dados do Ministério da Saúde revelam que 52,2% das mulheres brasileiras que resolvem planejar a gravidez optam pela esterilização (laqueadura de trompas), um método irreversível que provoca altas taxas de arrependimento, principalmente entre mulheres jovens. Muitas mulheres aproveitam para fazer a laqueadura quando dão à luz através da cesariana.
As mulheres estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo, e muitas vezes deixando a prevenção de lado. Dados da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde da Bemfam (Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil) mostram que cerca de um terço das adolescentes de 15 a 19 anos já têm vida sexual ativa. Mas apenas 15% dessas meninas usam métodos contraceptivos, o que provoca uma escalada das estatísticas de gravidez na adolescência.
A falta de planejamento familiar pode ter, como uma grave conseqüência, o aborto clandestino. Anualmente, cerca de um milhão de brasileiras praticam o aborto, que constitui a quinta causa de internação na rede do SUS (Sistema Único de Saúde).
Foi de posse desses dados que a empresa Schering do Brasil resolveu entrar no mercado de contraceptivos através do lançamento do MICROVLAR que será comentado nos tópicos posteriores.
2. O PRODUTO
O Microvlar é um medicamento vendido em forma de drágeas e apresentado sob a forma de um estojo composto por 21 drágeas onde cada unidade contém 0.15 mg de levonorgestrel e 0.03 mg de etinilestradiol. Ele inibe a ovulação e promove alterações do muco cervical tornando-o