A obra original fora escrita em inglês por Leon L. Fuller e foi traduzida para a língua portuguesa por Plauto de Azevedo na Corte Suprema de Newgarth e versa sobre quatro exploradores de cavernas, membros da Sociedade Espeleológica amadora, que adentraram numa caverna localizada em Commom Weath e lá ficaram presos por uma adversidade. Após dias sem água e alimento, o desespero chega ao ápice quando Roger Whetmore sugere que um deles seja sacrificado em prol sobrevivência dos demais. Apesar do impacto polêmico da infame sugestão, o grupo acaba concordando em matar um colega e comê-lo para que não sucumbam diante daquela situação. Foram resgatados logo depois e consequentemente indiciados por assassinato, fato qual torna-se objeto da análise. O caso toma proporção tamanha que vários tribunais começam a emitir pareceres sobre o caso. Foster, I. Aborda a questão numérica de vidas. Suscita sobre 10 vida terem sido usadas para salvar 4. Levando em consideração que alguns trabalhadores da equipe de resgate perderam suas vidas tentando resgatar o grupo dos exploradores. Mortes em vão, visto que os beneficiados com o resgate foram condenados diante de um processo judicial e morreram executados na forca. Outro Juiz se baseia na premissa do direito civil versus direito natural para tentar inocentar os réus. Alega que o direito natural é motivo de grandes divergências doutrinárias ao longo do tempo devido seu nível de complexidade e por parecer fato fantástico não consegue lavrar sentença de primeiro grau. O Juiz Tatting, J. argumenta que se evidencia um legalismo exacerbado com forte apego a letra fria da lei fruto de uma interpretação burra. Afirma que o Juiz deve balancear entre o formalismo legal e as causas sociais usando como meio a sua interpretação sobre o processo e o caso concreto. Posto isto, não basta a aplicação da letra da lei, mas também que esta seja interpretada pelo Juiz que é quem tem a faculdade