Caso Escola Base E Falsas Mem Rias
Em 1994, na cidade de São Paulo, duas mães acusam os proprietários da Escola de Educação Infantil Base de abusarem sexualmente de seus filhos, estudantes da instituição. O caso conhecido como “Caso Escola Base” teve grande repercussão na mídia, onde os acusados acabaram sendo “julgados e condenados” pela mesma antes das apurações dos fatos. O caso é estudado até hoje em cursos como jornalismo, direito e psicologia como exemplo de um conjunto de erros que não devem ser repetidos.
Tudo começou no dia 26 de março de 1994, quando Fábio, com quatro anos de idade, estudante da instituição, conversando com sua mãe, Lúcia, faz um movimento e fala: “o homem faz assim com a mulher”. Lúcia ficou surpresa com o gesto e interrogou o menino, de modo que tirou suas próprias conclusões de que o garoto era abusado sexualmente na escola.
No meio da história que Fábio relatava à sua mãe, surgiu o nome de sua colega, Cibele, também de quatro anos, o que fez com que sua mãe fosse no outro dia procurar a mãe da menina, Cléa. Os familiares de Cibele foram então saber da menina sobre o ocorrido, através de perguntas altamente sugestivas baseadas na história já criada por Fábio em conversa com sua mãe, e a partir daí tiraram também suas conclusões, sustentando as de Lúcia.
As duas mães foram então até a delegacia, onde prestaram queixa contra Icushiro e Aparecida Shimada (proprietários da escola), Maurício e Paula Alvarenga, motorista da Kombi e sócia da escola, respectivamente, os quais abusavam das crianças na casa dos pais de um dos alunos, Saulo e Mara Nunes, os quais também seriam envolvidos.
O primeiro delegado a investigar e o primeiro jornal a ter acesso foram prudentes, não decretaram prisão preventiva, nem divulgaram o caso devido à falta de indícios, o que descontentou as mães que esperavam atitudes mais ríspidas. As mães então resolveram contatar a Rede Globo, e somando a isso houve a troca de delegados e a chegada de um exame de corpo de