Caso Emma
PARTE II, PSICOPATOLOGIA [4] A Proton Pseudos [Primeira Mentira] Histérica (1)
Texto sobre a Gênese da sintomatologia histérica.
CASO:
Emma é uma paciente de Freud que chega a seu consultório apresentando a compulsão de não conseguir entrar em lojas sozinha.
No decorrer da análise, apresentou uma lembrança como motivo para isso:
Cena I: Aos 12 anos (pouco depois da puberdade)– Emma entrou em uma loja, lá estavam dois vendedores (um deles ela se lembra) que estavam rindo juntos. Com isso saiu correndo assustada, “espécie de afeto de susto” – em relação a isso se lembra que estariam rindo das suas roupas e confessa que um deles a havia agradado sexualmente.
1a “mentira histérica” - Para Freud essa associação riso/roupa não se coloca logicamente, já que Emma se veste bem. Não faz sentido - “Pq ririam dela?”
Para Freud, essa cena não é suficiente para explicar o sintoma neurótico, visto que desde que se tornou moça Emma vestia-se bem, além disso, seu sintoma não tinha a ver com as roupas, mas com a situação de estar desacompanhada ao entrar na loja.
Apresentava uma fobia em estar sozinha em lojas, como nos casos de agorafobia, até a companhia de uma criança seria suficiente para ela se sentir segura.
o fato de um dos vendedores tê-la agradado também é incongruente para Freud. Para isso, também não faria diferença estar acompanhada ou não. – “as lembranças despertadas não explicam nem a compulsão nem a determinação do sintoma”.
A análise segue até o momento em que emerge uma outra lembrança, bem mais arcaica, da qual ela nega ter se lembrado no momento da cena da loja.
Cena II: Aos oito anos de idade ela tinha ido duas vezes a uma confeitaria comprar doces. Na primeira vez o dono colocou a mão em seus órgãos genitais, por cima da roupa. Emma não se incomodou com o fato, tanto é que voltou à venda.
No momento em que entrou em contato com esta lembrança,