Caso concreto
* Os erros de raciocínio são chamados tradicionalmente de falácias. Eles ocorrem com frequência e devem ser conhecidos para que sejam evitados. As situações em que comumente se verificam as falácias são as seguintes:
• Quando premissas que deveriam ser comprovadas passam a ser aceitas como verdadeiras, sem provas.
• Quando a questão principal é abandonada, por digressão, tornando-se um argumento desimportante, fruto de desatenção ou de intuito deliberado de fugir do assunto.
• Generalização excessiva, que produz uma conclusão a partir de uma evidência insuficiente.
• Estereótipo, correspondente ao erro de dar muito valor a características ou traços supostamente apresentados por membros de um mesmo grupo e nenhuma atenção às diferenças individuais.
• Relação causa e efeito defeituosa, quando se supõe ser causal a relação entre dois fatos, sem que isso seja verdadeiro.
• Simplificação exagerada, que leva a um caminho mais fácil do que a procura trabalhosa de uma resposta mais adequada.
• Falsa analogia, quando os elementos comparados são diferentes em algum ponto essencial para essa analogia.
• Deduções falsas, que ocorrem quando alguma das condições de construção do perfeito silogismo não é respeitada.
• Estatísticas tendenciosas, que só podem ser detectadas com o total conhecimento dos dados em que se fundamentaram essas estatísticas e nos procedimentos empregados em sua realização.
• Círculo vicioso, quando um aparente argumento é, na verdade, repetição, com outras palavras, do argumento anterior.
• Argumento autoritário, quando o uso de um depoimento que se julga inatacável, pela autoridade do seu autor, encobre falta de argumentos convincentes. • Preconceito. Consiste em discurso que inferioriza, ofende, exclui, marginaliza por intolerância à alteridade, seja de natureza étnica, religiosa, de gênero, de orientação sexual, seja de natureza socioeconômica, cultural.