Caso clínico: o diabetes e suas complicações
Na atualidade, o Diabetes Mellitus é considerado um dos maiores problemas de Saúde Pública, tanto pelo número de pessoas afetadas pelas incapacitações e mortalidade prematura que pode acarretar, quanto pelos custos envolvidos no controle e tratamento das suas complicações (PÉRES et al, 2007).
No Brasil, o diabetes juntamente com a hipertensão arterial, é responsável pela primeira causa de mortalidade, de hospitalizações e de amputações de membros inferiores e representa ainda 62,1% dos diagnósticos primários em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à diálise (BRASIL, 2006).
O Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da mesma de exercer adequadamente seus efeitos, resultando em resistência insulínica. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia crônica, que pode estar acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial (McLELLAN et al, 2007).
Segundo Lyra et al (2006) Diabetes é uma grupo doença metabólica associada a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias.
A patologia pode ser dividida em Diabetes Mellitus tipo 1, onde ocorre o déficit de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto-imunes ou idiopáticos, nestes casos o corpo produz pouca ou nenhuma insulina e Diabetes Mellitus tipo 2, onde ocorre resistência à insulina por diminuição na resposta dos receptores periféricos, as células beta do pâncreas sofrem exaustão pela constante necessidade de aumento da produção de insulina. O