caso clínico inventado para fins didáticos
Caso J.
Entrevistadora: Estagiária
Entrevistada: Fernanda, mãe de J.
João, 15 anos. Mora com a mãe solteira e 3 irmãos, de 6, 10 e 13 anos, filhos de pais diferentes. A mãe possui escolaridade até o ensino básico apenas, e trabalha como faxineira. J. Está no 9º ano do ensino fundamental, reprovou 1 ano (ano passado).
J. foi trazido pela mãe, que se queixa que seu filho é um adolescente rebelde, briguento e violento e está apresentando desvios graves de comportamento.
Sra. F., de 48 anos, trouxe seu filho J, á clínica psicológica, solicitando acompanhamento psicoterápico.
J. mostrava-se bastante irritado na sala de espera e não muito receptivo a conversas. Conversei primeiro com sua mãe, que trouxe a queixa principal. Relata que desde os 10 anos de idade J. vêm apresentado comportamento “estranho” (sic). Relata que sempre foi uma criança sozinha, não gostando muito de se relacionar com os irmãos.
F. relatou que J nunca gostou de ser contrariado e apresentava comportamento agressivo desde cedo. Sempre foi chamado de “brigão, birrento ou malvado” (sic) pelos irmãos e vizinhos, pois estava sempre metido em algumas confusões. Aos 10 anos de idade a mãe percebeu que algo “estranho” (sic) acontecia com seu filho. Tudo começou quando o gato de estimação da família apareceu morto no quintal, com as pernas cortadas e cordas no pescoço. Ninguém assumiu a culpa, e suspeitou-se que um vizinho o tivesse feito. Quando isso aconteceu, ela e os outros filhos ficaram horrorizados, mas J. comportou-se friamente, e nem tocou no assunto sobre o fato. Entrando na pré-adolescência, J. passou a mentir com freqüência, nunca dizendo onde estava e o que estava fazendo. A mãe conta que ele sempre foi um menino muito quieto, isolado e nunca teve amiguinhos. Nunca foi um aluno brilhante, mas era um filho quietinho “quando não mexiam com ele” (sic) e até ajudava em casa. Começou a andar faz 1 ano e meio com uma “galera barra