Caso Bateria Moura
Autoria: Prof. André Gustavo Carvalho Machado
1. Introdução
A bateria de chumbo-ácido foi inventada por Gaston Planté em 1860, e sua composição básica é, essencialmente: chumbo, ácido sulfúrico e materiais plásticos. O chumbo está presente na forma de chumbo metálico, ligas de chumbo, bióxido de chumbo e sulfato de chumbo. O sulfato de chumbo se encontra na forma de solução aquosa com concentrações variando de 27% a 37% em volume. Durante os últimos 143 anos o produto sofreu aprimoramentos tecnológicos os mais diversos possíveis, fazendo com que ainda continue sendo uma das baterias mais confiáveis do mercado, atendendo a aplicações as mais diversas (DINIZ, 2001).
No Brasil, existem cerca de 200 fabricantes de baterias, mas apenas três dominam o mercado e fornecem para as montadoras de veículos. Entre esses, apenas uma não pertence a grupos multinacionais — a pernambucana Acumuladores Moura. As outras são a americana Delphi, dona da marca Delco, e a Enertec, uma associação de capitais norte-americanos, alemães e mexicanos, detentora da marca Heliar (MORAIS, 1999).
Líder do mercado brasileiro de baterias para veículos automotivos e fornecedor premiado nacional e internacionalmente, o Grupo Moura mantém parcerias tecnológicas e comerciais com os maiores fabricantes mundiais do setor e tem se destacado por desafiar continuamente o destino reservado para empresas que nascem no interior do Nordeste.
O objetivo deste caso é analisar os tipos de tecnologia desenvolvidos ou utilizados pelo Grupo Moura. Para tanto, é importante apresentar, inicialmente, a trajetória da empresa até a sua consolidação no mercado. Em seguida, realiza-se uma explanação sobre os critérios que a empresa teve de satisfazer para qualificá-la a concorrer com outras empresas, visando o fornecimento de produtos para as montadoras de veículos. Posteriormente, apresentam-se os critérios que foram determinantes para a escolha da Moura (e não de outras