CASE
INTRODUÇÃO
Faço questão de ver portfólios de quem está começando em publicidade. Porque também já fui iniciante e um dia alguém teve saco para me atender. Tenho essa dívida com a profissão.
Mas nesses anos todos já entrevistei todo tipo de maluco, de megalomaníaco, de desavisado, e posso garantir uma coisa: não é mole. Alguns candidatos se mostram tão perdidos quanto o tempo que a gente dedica a eles.
Só que de vez em quando aparece um talento real que faz todo o esforço valer a pena.
E foi assim, analisando centenas de portfólios, em horários que muitos workaholics já estão de pijaminha, que percebi como os candidatos a estágio cometem erros bobos e desnecessários.
Não é culpa deles. Publicidade é uma profissão diferente, que não se encaixa nas regras comuns do "como começar". Tem seus próprios macetes. Este Manual do Estagiário foi feito para ajudar quem está iniciando nessa área tão competitiva. É também, confesso, uma tentativa de melhorar os meus finais de expediente.
O Manual do Estagiário não tem a pretensão de ser um curso de redação, direção de arte ou coisa parecida. É apenas um pequeno guia de etiqueta. Como se comportar à mesa - principalmente à mesa do Diretor de Criação.
Não tentei esgotar o assunto. Foi o que deu para escrever entre uma campanha e outra. Se você tiver dúvidas, críticas ou sugestões, mande seu e-mail para mim.
São apenas opiniões. Por favor, não acredite cegamente. Não leve ao pé da letra. Não transforme em dogmas. Existe a real possibilidade de que eu esteja enganado. Eu nunca fiz estágio.
Eugênio Mohallem, 1997.
MANUAL DO ESTAGIÁRIO
(Ou, para ficar na moda, "A Inteligência Emocional do Estagiário de Propaganda.")
Conseguir estágio em agência é quase tão difícil quanto arrumar vaga de astronauta na Nasa. E a vida dos astronautas é mais fácil, porque o Universo é infinito, enquanto as boas agências são pouquíssimas. Portanto, não bobeie e muita