Case no es nuestra culpa
A indústria colombiana do couro ilustra como a cooperação deficiente entre empresas do mesmo setor pode contribuir para um desempenho medíocre no mercado. A história a seguir narra os nossos esforços para determinar o motivo das bolsas colombianas não estarem se saindo melhor no mercado norte-americano.
“NO ES NUESTRA CULPA”
Começamos a pesquisa tentando descobrir a opinião dos gerentes de compras da cidade de Nova York sobre as bolsas colombianas. Eles nos disseram que um dos critérios básicos de compra era a qualidade do couro, no caso das bolsas colombianas, em geral, insatisfatória. Sugeriam que, se a qualidade melhorasse, a indústria de couro colombiana teria melhor sorte no mercado norte-americano. Voltamos para a Colômbia para informar aos fabricantes de couro que o principal problema residia na qualidade. Concordaram, embora sugerindo não haver muito o que fazer a respeito. “ No es nuestra culpa – “a culpa não é nossa”, declararam – “ es la culpa de los curtiembres” – a culpa é dos curtumes. Eles estão sempre fornecendo à indústria couros abaixo do padrão. Além do mais, os fabricantes não podiam importar couros de qualidade de lugares como a Argentina, produtora dos melhores couros da América do Sul, devido a tarifas proibitivamente altas. Os fabricantes colombianas nos encorajaram a levar o problema aos curtumes. Munidos da pesquisa feita em Nova York e com as informações que havíamos recebido em primeira mão dos fabricantes de couro, marcamos uma séria de entrevistas com o pessoal dos curtumes colombianos. Quando nos referimos ao problema de qualidade dos couros que produziam, eles concordaram conosco e acrescentaram: “Mas vocês têm que entender que” “no es nuestra culpa”. E foram mais longe: Fazemos um excelente trabalho de curtir e tingir os couros – mas vocês precisavam ver em que estado eles chegam aqui. “ es la