Case: impacto do ambiente externo
Criada em 1881 pelo americano George Eastman, a Kodak foi responsável por invenções e produtos que revolucionaram o mundo da fotografia, alterando a percepção das pessoas em relação à imagem. O lançamento de sua Câmera Kodak — que acabou por virar o nome da empresa —, em 1888, representou a criação da máquina fotográfica compacta e ocasionou uma revolução da fotografia amadora. Com tudo isto nas mães, a Kodak tinha tudo para continuar trilhando sua trajetória de sucesso, não fosse a revolução digital.
Referência na era analógica, a Kodak começou seu declínio econômico na década passada, com a emergência e a popularização da fotografia digital. Apesar de ter sido a precurssora da primeira câmera, em 1975, a empresa jamais conseguiu capitalizar-se com sua invenção e fazer frente à evolução tecnológica de celulares, gadgets e câmeras digitais compactas que, no fim do século XX, tomaram a dianteira do mercado.
A falta de visão estratégica, aliada à resistência às mudanças no seu modelo de gestão e de negócios, levou a empresa a amargar seu declínio justamente no momento em que se abria um amplo leque de oportunidades para o segmento em que a marca Kodak já estava consolidada. Isto reforça a questão da excessiva reverência a valores que não condiziam mais com a realidade do mercado e a incapacidade de se reinventar para adequar-se as mudanças observadas em seu ambiente competitivo.
Desde o início dos anos 90, o fim do filme fotográfico era visto como questão de tempo. A Kodak tentou negar essa realidade de todas as formas e manteve seu modelo de negócios inalterado. Os dirigentes e funcionários da Kodak estavam demasiadamente enraizados no que faziam com muita competência e, por isso,hesitaram em adotar novas tecnologias.
Surpreendentemente, a primeira câmera digital foi desenvolvida pela Kodak em 1976, no entanto, a empresa levou 25 anos para levar a descoberta a sério, quando o mercado