Case fox
Atualmente, toda a indústria automobilística enfrenta uma crise impulsionada, principalmente, por dois fatores: (a) valorização do real frente ao dólar e ao euro; e (b) a atratividade de mercados emergentes, como China, Leste Europeu, Índia.
Para a Volkswagen, que tem o Fox como carro de entrada no mercado europeu, a valorização da moeda brasileira comprometeu a competitividade de sua exportação, que deixou de ser lucrativa.
As primeiras ações da VW diante do cenário atual foram anunciadas recentemente, como mostra o trecho a seguir, extraído de uma matéria do Jornal O Estado de S. Paulo (OESP): “... pressionada pelo fator cambial, vai reduzir as exportações em
40%. A medida resultará em corte de produção de 100 mil veículos ao ano, o que exigirá ajustes de mão de obra(3).”
Além disso, a VW do Brasil, que representa o maior investimento da empresa fora da Alemanha, precisa estar alerta para os países emergentes. As multinacionais do setor têm pulverizado seus investimentos entre China, Leste Europeu e Índia para baixar custos e continuarem competitivas globalmente. A China, em 2005, exportou mais carros do que importou. O Leste Europeu planeja ampliar sua capacidade produtiva para 1,6 milhão de veículos(4).
Segundo Rogelio Golfarb(5), em entrevista ao OESP de 27/4/2006, as vantagens competitivas do Brasil estão desaparecendo e o País corre o risco de ficar para trás. Ainda de acordo com ele, além do câmbio, há outros pontos críticos como o crescente custo de mão de obra e matéria-prima, e a elevada carga tributária sobre a produção e