case filosofia: até que ponto as culturas são diferente
ANNE CARDIANE SEBASTIÃO MOREIRA³
1. DESCRIÇÃO DO CASO: Apesar da política indígena preconizar que não se deve interferir na cultura dos índios, certa vez um funcionário da FUNAI se deparou com o seguinte dilema; Uma criança Ianomâmi está preste a ser sacrificada, pois nasceu com um defeito físico e segundo a cultura indígena, uma pessoa que seja portadora de qualquer defeito de natureza dentro da comunidade indígena tem que ser sacrificada, caso contrário todos sofreriam com as maldições que recairiam sobre a aldeia. O grande questionamento que se faz é; até que ponto o elemento cultural deve justificar a crueldade?
2. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO
2.1 Descrições das decisões possíveis:
• Certamente esta pessoa deveria impedir a morte da criança.
• Esta pessoa com certeza não deveria interferir nas decisões tomadas pela tribo, pois cada povo tem sua cultura, e como tal não deve haver interferências externas.
2.2 Argumentos Capazes de Fundamentar cada Decisão
• O direito à vida é um valor universal e inalienável. Deste modo, matar crianças em território brasileiro seja por qualquer motivo é um crime. Por mais que os antropólogos mais exaltados esbravejem contra qualquer interferência na cultura indígena, há uma clara necessidade de se definir exatamente o que tais profissionais entendem por "interferência", pois alegar que se deve respeitar a cultura indígena, portanto não deve se interferir de maneira nenhuma em suas decisões, acaba de certa forma sendo contraditório, pois os grupos indígenas tem acesso a médicos(ainda que de forma precária),escolas, alimentos industrializados, em alguns casos casas de alvenaria. Não seria melhor que toda vez que um índio ficasse doente ele fosse atendido apenas pelo pajé da tribo, ou não