Case Escândalo da Xerox
Ramo de Atividade
Fabricação de fotocopiadoras e matérias de escritório
Caso
Lançou contratos de aluguel de equipamentos como receitas de vendas
Descrição
A empresa admitiu ter inflado as receitas em US$ 1,9 bilhão durante cinco anos, declarando erroneamente vendas de equipamentos e contratos de serviços.
A Xerox declarou ter registrado US$ 6,4 bilhões como receitas de venda, sendo que US$ 5,1 bilhões desse montante foram na realidade recebidos por aluguel de equipamentos, serviços, terceirização de documentos e receitas financeiras.
A manipulação da contabilidade ajudou a companhia a cumprir as previsões de lucros. A empresa foi obrigada a reapresentar seus lucros para retratar US$ 1,4 bilhão a menos nos lucros dos últimos cinco anos, como parte de um acordo com a Securities Exchange Comission (SEC), que também incluiu uma multa de US$ 10 milhões.
Comentário do ponto de vista de Governança Corporativa
Pela regra da competência, tanto receitas quanto despesas devem ser reconhecidas no resultado do período em que o fato gerador tiver realmente ocorrido. Dessa forma, quando uma empresa firma um contrato de US$ 1 bilhão, por cinco anos, supondo uma economia perfeita, sem inflação e sem correção, ela deve apropriar 1/5 dessa receita por ano, à medida que prestar o serviço contratado.
O que a Xerox vinha fazendo era contabilizar inteiramente o contrato no primeiro ano, inflando sua receita e, conseqüentemente, seus lucros.
A empresa teve que pagar multa à SEC, além de republicar seus balanços, a fim de evitar a tomada de decisão, por parte dos investidores, baseada em informações errôneas. A KPMG, empresa que prestava serviço de auditoria independente para a Xerox, pagou uma multa de US$ 22 milhões por sua atuação nesse caso. O sócio da KPMG responsável pela conta da empresa foi condenado a pagar uma multa de US$ 100 mil.
A Governança Corporativa surgiu como uma importante ferramenta voltada a