Case de ética do grupo Chevron
A Chevron Corporation, uma das grandes multinacionais do petróleo, protagonizou no dia 8 de novembro um desastre ambiental na Bacia de Campos. Nesse dia, devido a uma subestimação da pressão do reservatório que estava sendo perfurado pela transocean (empresa contratada para realizar a perfuração), ocorreu vazamento de petróleo de um poço para o solo, produzindo uma extensa mancha negra no litoral a uma distância de 120 quilômetros da costa.
A postura da empresa diante dessa situação não tem sido muito correta. Primeiramente, a dimensão do vazamento divulgada pela companhia destoou enormemente da dimensão real. A Chevron afirmou, também, que mantinha 18 navios na área para tratar do problema, mas aeronaves da polícia identificaram apenas um. Não bastasse, a Polícia Federal afirmou que a Chevron, ao invés de recolher o óleo derramado, está utilizando uma técnica conhecida como dispersão mecânica, que consiste em derrubá-lo para o fundo do mar empurrando-o com jatos de areia. O vazamento de petróleo, provoca mais danos éticos do que ecológicos. A declaração é do professor André Felipe Simões, coordenador do curso de gestão ambiental da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) da USP (Universidade de São Paulo). Para ele, as falhas cometidas pela Chevron, são grandes. “A Chevron não investiu o necessário para impedir que acontecesse um desastre ambiental. Além disso, mentiu para as autoridades brasileiras ao alegar que tomou as precauções devidas e ao tentar responsabilizar a Petrobras. Houve uma falha moral e ética muito grande”. Uma empresa desse porte, que lida com um dos recursos mais importantes do planeta – e que também é causa de diversos problemas ambientais – deveria ter tido uma conduta diferente, assumido a responsabilidade e ter se comprometido com a verdade desde o início. Ainda não está claro se, enquanto pessoa jurídica, a ela possa ser imputável a falha que originou este dano ambiental. No