casas flutuante
O engenho humano já “dominou” a terra: poucos lugares estão desbravados; as montanhas foram escaladas, rasgadas, transformadas e muitas até consumidas; seus elementos foram estudados, usados, recombinados e até mesmo desestruturado; da terra extraímos nosso alimento. Quanto ao ar, dominamos o vôo, mas ainda falta dominar as tempestades. Quanto à água, mudamos os cursos dos rios, transformamos sua força em energia elétrica, aprendemos a navegá-la, consumimos seus frutos. A água vem servindo à humanidade como alimento, como remédio, diversão, via de transporte, e de habitação. A relação de alguns povos com a água é mais intima que outros. O povo asiático, em geral, consome muito mais peixe que outras carnes, consomem algas, iniciaram e dominaram a navegação muito antes que os ocidentais, alguns constroem suas residências sobre as águas. O povo amazônico, pela abundância de água doce, e por ser a floresta um território inóspito, também fez da água seu melhor espaço.
Se a região Norte oferece a maior bacia hidrográfica do mundo, com água da melhor qualidade, os rios mais largos e caudalosos, a maior parte deles tranqüilos e navegáveis, e se a floresta se mostra tão frágil, porque insistimos em criar estradas, cidades e fazendas em terra? Porque não usamos os rios como estradas? Elas já estão construídas, não demandam manutenção, pedágio, economizam combustíveis. Porque desmatamos a floresta para a criação de gado se, em área equivalente na água que criamos muito mais peixes? Porque não somos o maior fornecedor de peixe de água doce do mundo? Não necessitamos pagar pelo espaço para criá-los, não há necessidade de vacinas e remédios, os peixes não demandam tanta assistência veterinária quanto o gado, o beneficiamento do peixe é mais fácil e rápido, podendo ser realizado mais próximo da área produtora. E o peixe é mais saudável que as demais carnes. Para preservar a floresta e manter a economia da região, a produção de peixes em cativeiro