Casas bahia
Michael Klein, presidente do conselho de administração da Via Varejo, já esteve pelo menos duas vezes com Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, discutindo a possível retomada da empresa. O Casino é uma rede de supermercados francesa que há sete anos adquiriu o controle do Grupo Pão de Açúcar e, por conseqüência, é dona dos 52% da Via Varejo. Michael ofereceu R$ 3,5 bilhões a Naouri. “Ele está disposto a pagar o valor em dinheiro”, diz uma fonte próxima à negociação.
O empresário francês não disse nem sim, nem não. Michael continua insistindo. Há cerca de um mês ele estava pronto para embarcar para encontrar Naouri quando recebeu um telefonema cancelando a reunião. Para fazer a operação, Michael contratou dois bancos: o Bradesco, para ajudá-lo a estruturar o financiamento da compra, e o Citi, como banco de investimento.
A pedra no meio do caminho
Enquanto não consegue tomar o controle da Via Varejo, Michael decidiu virar uma pedra no sapato de Naouri para, quem sabe, vencê-lo pela insistência. Para isso, contratou os advogados Ivo Waisberg e Ricardo Tepedino para tentar rever o contrato de acionistas firmado com o GPA em julho de 2010. A família Klein ameaça abrir um processo arbitral porque diz ter encontrado “erros e inconsistências relevantes capazes de alterar a relação de troca entre as ações da Novas Casas Bahia pelas da Globex”, segundo carta enviada ao Grupo Pão de Açúcar.
Trocando em miúdos, o que os Klein dizem é que a Globex valia menos do que o GPA dizia que valia em 2010 e, por conta disso, eles deveriam ter mais do que 48% de participação na nova empresa. A fatia teria de ser, no mínimo, de 50%. Ou então, na visão de