casamento
A velocidade das mudanças que o mundo ocidental vem sofrendo nas últimas décadas, tanto no âmbito socioeconômico, como no âmbito cultural, tem influenciado diretamente nas relações pessoais, consequentemente no casamento, afetando e influenciando na percepção sobre a satisfação e a insatisfação, desenvolvimento e estagnação dos casais.
Ao longo de todo o período da história, em todas as civilizações, nas mais diferentes culturas encontramos o casamento como um contrato que cria laços fundamentais para a manutenção da sociedade, entretanto os modelos tradicionais já não atende os anseios do homem moderno. Há a necessidade de rever os parâmetros de como se estabelecem na atualidade os novos relacionamentos, casamentos, famílias.
O casamento durante séculos esteve ligado à garantia de direitos e de herança, e/ou uma aliança de interesses entre famílias. Somente após a Revolução industrial, meados do século 18 e 19, que provocou mudanças significativas e aceleradas na sociedade é que o casamento deixou de ser um contrato entre famílias, para ter uma conotação de amor romântico, que combinaria a realização sexual, o companheirismo, a procriação, propiciando aos cônjuges o sentimento de conseguir realizar suas fantasias e resolver seus conflitos do passado.
Atualmente os casais estão sob forte influência dos modelos de relações individualistas e a distancia, física e emocional, dificulta o estabelecimento do espaço para a manutenção da relação frente a frente. Espaço que se faz necessário o diálogo, que propicia a escuta do outro, o aprendizado do saber argumentar, do saber ceder, reconhecendo as limitações pessoais e do cônjuge. Espaço que promove o desenvolvimento individual e conjugal. (S.M.)