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1. A CRISE CLIMÁTICA GLOBAL

Para entender como a crise climática global afeta nosso planeta, é necessário compreender certos aspectos do meio ambiente como os ecossistemas, suas interações e os benefícios que estes trazem aos seres humanos. Segundo o professor Fernando Almeida (2008), os ecossistemas são formados por dois tipos de grupos: os de organismos vivos (plantas, animais, microorganismos e outros) e os de organismos “não-vivos” (substâncias abióticas que servem de suporte aos organismos vivos) e esses grupos interatuam para promover a troca de matéria, o que dá a estes sistemas as características de ecossistemas; a sua capacidade de absorver os impactos derivados dos seres humanos, causados pelas necessidades socioeconômicas, e mesmos os impactos naturais, isto é, forças que se originam através de suas interações é que vão determinar a qualidade de vida dos seres vivos na Terra. Esses impactos _ principalmente os motivados pelos seres humanos _ afetam o sistema climático global. Quando a questão é a sustentabilidade, entender esses fenômenos torna-se fundamental para criar oportunidades de mudanças nas ações humanas. De acordo com o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore (2006), alguns cientistas identificaram algumas especificidades de nosso clima global e o chamaram de “sistema não linear” porque as mudanças que nele ocorrem não acontecem de forma gradual, pelo contrário, o que significa que podem ocorrer espasmos, isto é, grandes saltos de mudanças no clima de repente, como já ocorrido em outras épocas e esses espasmos têm probabilidade de ocorrer com mais frequência devido à intervenção antrópica . Essa é uma particularidade da heterogeneidade espacial dos ecossistemas que não respondem de maneira semelhante e nem na mesma proporção os impactos das atividades humanas nos sistemas naturais e sociais (ALMEIDA, 2008 p.31). Quando um ecossistema é degradado, algumas espécies que resistiram aos impactos tomam conta do ambiente. Estudos recentes