Casais que passaram pelo processo de separação e voltaram a convivência.
O fenômeno de separação de casais é uma constante na contemporaneidade. De modo geral, o processo de separação envolve uma série de situações conflituosas, que culminam com crises vivenciadas no relacionamento conjugal. Mesmo casais que superam crises em seus relacionamentos podem estar convivendo com conflitos subjacentes de padrões de interações, decorrentes de expectativas frustradas, relações de poder, crises existenciais e barreiras adaptativas. Essas variáveis promovem um composto de fortes emoções de caráter individual e como casal, disputas pelo poder, conflitos decorrentes da má comunicação, dificuldades financeiras, falta de tempo e afetividade, que conduzem à amargura, à mágoa, a ressentimentos que prejudicam a intimidade e harmonia do subsistema conjugal. Esses conflitos subjacentes podem tornar esses casais vulneráveis à recorrência de crises conjugais, possibilitando muitas das vezes uma aventura amorosa, a estabelecer padrões rígidos de interações entre os mesmos, conduzindo muitos casais a buscar a solução de seus conflitos através da separação. Nesse sentido, o interesse pelo tema ora enfocado deriva da necessidade investigativa em relação ao processo desses casais que passaram por momentos de crises conjugais, culminando, em algum momento de sua convivência, com possibilidades de separação e posterior retorno à convivência. Entende-se a relevância da pesquisa ora apresentada, quando se tem a intenção de contribuir para a promoção de debates, palestras, aconselhamento, grupos de auto-mútua, acompanhamento psicológicos, terapia de casal e familiar em relação à ajuda a casais que estão passando por conflitos semelhantes em seus relacionamentos, e necessitem de orientação para superá-los, possibilitando a superação dos conflitos e a promoção de relações satisfatórias, que contribuam para o crescimento e adequação dos mesmos. Desta forma, conforme perspectiva sistêmica, os casais reconciliados