Casados que vão para a balada sem o par
O senso comum prega que, em uma relação estável, é importante que cada um exercite a sua individualidade e tenha gostos, hobbies e momentos de lazer particulares. Porém, ir para a balada sem o parceiro é uma atitude que costuma não soar bem. Mas por que o fato de o outro querer sair à noite sozinho é algo difícil de aceitar?
O medo da traição e a dificuldade de todo mundo –e não só dos envolvidos– em lidar com o assunto é o fator principal. Entretanto, segundo a psicóloga e sexóloga Jussania Oliveira, trair ou não é uma questão de escolha, mais do que de ocasião ou de local. "Digamos, porém, que na balada aumentam as oportunidades e a tentação é maior, já que o ambiente é propício à paquera", fala.
Não dá para negar que as pessoas ficam muito mais suscetíveis às "armadilhas" da sedução. Afinal, as pessoas estão ali bem arrumadas, dançando, algumas sob efeito de álcool. E, ainda, como afirma a terapeuta sexual Carla Cecarello, fundadora da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade), instituição que realiza pesquisas e trabalhos científicos sobre o tema, dificilmente alguém vai à balada sozinho: amigos estão por perto e, por conta disso, podem surgir comentários ou desafios.
"A chance de alguém se aproximar ou de a própria pessoa chegar em alguém, para fazer uma graça para os amigos, é bem maior. Mas tudo vai depender do objetivo com que a pessoa está saindo para a balada naquela noite", afirma. Estar sem par facilita, sim, uma paquera, mas não significa que ela acontecerá.
"Dizer que está só na balada leva a trair é traçar uma relação perigosa, pois existem valores e outros motivos numa relação que facilitam ou não uma traição", diz a terapeuta sexual Arlete Girello Gavranic, do Isexp (Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática), que forma profissionais especialistas em Terapia Sexual, Educação Sexual e Medicina Psicossomática, em parceria com a PUC Goiás