Casa mariante
Projeto do escritório paulista MMBB, formado por Fernando de Mello Franco, Marta Moreira, Milton Braga e, naquela época, também por Angelo Bucci. A Casa em Aldeia da Serra foi projetada num terreno peculiar, em aclive, de 20x40. Partindo da rua de forma ascendente, a topografia é interrompida por um vazio que gera um pequeno platô à frente do lote, que mais adiante continua até atingir oito metros de desnível. A volumetria da casa é marcante, com um prisma, de dimensões 16.20x16.20, que se eleva apoiado em apenas quatro pontos. O programa é distribuído em três pavimentos: >Pavimento Térreo: O nível da rua é parcialmente livre, já que apenas um dos cantos da área quadrada é ocupada (área de serviço e dependências dos empregados). O restante do espaço é usado como garagem. Essa característica é claramente modernista, já explorada à exaustão (talvez nem tanto como gostaríamos) em diversos projetos do Século XX, tendo sua mais conhecida aplicação na Villa Savoye. >Pavimento Superior: O nível intermediário concentra a maior parte do programa de necessidades da família Mariante (quartos, banheiros, cozinha, living) e é também o elemento de maior destaque do projeto. O pavimento, ele mesmo um prisma fechado com painéis de cimento prensado e madeira nas laterais (com janelas em fita, que se abrem utilizando um interessante sistema similar ao da régua paralela, com peitoril baixo), e grandes panos de vidro de fora a fora, se destaca facilmente no condomínio fechado em Aldeia da Serra, recheado de casas com "estilos". Tanto a solução volumétrica quanto a planta lembram as residências projetadas por Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha, com quem, aliás, o MMBB já fez parceria em vários projetos. >Terraço: O ato de liberar o térreo, e também de utilizar o terraço do edifício como pavimento, foi a maneira que os arquitetos encontraram de aproveitar ao