Casa grande e senzala
Vilson Dias Morales
Prof. Marco Antônio
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em História (HID 0174) – Trabalho de Graduação
24/11/2012
RESUMO
Em todos os brasileiros, segundo Gilberto Freyre, encontramos traços herdados pela cultura africana, tanto na ternura da fala, no amolecimento da linguagem (a reduplicação da sílaba tônica com em dodói, é um exemplo), nos apelidos, nos gestos, na música, que desde criança nos tempos coloniais foi influenciada e que se ouvia em canções de ninar pela boca da ama negra. Pode se dizer que a ama foi a primeira mulher do menino branco.
Gilberto Freyre caracteriza os africanos vindos para o Brasil como melhores culturalmente que os índios. Suas festas eram feitas com mais alegria e vivacidade que a dos que aqui habitavam. A Bahia, onde foi situado o grande refúgio de negros vindos para o Brasil, é conhecido por ser um povo muito festivo. Além disso, a cultura dos africanos que vieram para o Brasil era mais adiantada que a dos de outros territórios africanos, mais cheias de lendas, mitos, rituais, festas, com gastronomia e astrologia mais avançadas do que de outros povos, seus conterrâneos, que possuíam melhores atributos físicos, por exemplo. Suas cerimônias religiosas ou não, eram sempre bem emotivas, em contrastes com os índios aqui situados. Outra explicação encontrada no Casa Grande e Senzala para o maior desenvolvimento cultural dos africanos seria o fato de estes serem melhores alimentados que os índios. Os negros também seriam comprovadamente eugenicamente superiores as outras raças em alguns aspectos, indispensáveis para a colonização brasileira, enquanto brancos seriam em outras áreas, se completando, dada a hierarquia e composição social vigente..
Palavras chave: negro; africanos; raça.
1 INTRODUÇÃO
Para Gilberto Freyre, os três principais pilares da colonização portuguesa são a miscigenação, o latifúndio e a escravidão. O livro