CASA GRANDE E SENZALA
Gilberto Freire em seu primeiro capítulo do livro “Casa-Grande e Senzala”, denominado “características gerais da colonização portuguesa do Brasil: formação de uma sociedade agraria, escravocrata e hibrida” vem mostrar no capitulo detalhes da origem da colonização brasileira e do seu colonizador, as características agrária, escravocrata e híbrida que formaram a primeira colonização de um país tropical, a paixão do português pelas mulheres indígenas, as várias doenças que infestaram o Brasil, trazidas pelos europeus, as comparações com outras recentes civilizações, a ditadura da Igreja, os novos moradores com suas dificuldades em instalarem-se e alimentarem-se. Enfim, fala da formação do brasileiro, os antagonismos de economia e cultura que resultaram em um povo miscigenado com grande mobilidade social e muito hospitaleiro. O autor irá falar da miscigenação dos portugueses, a formação não tão concreta que teve dificuldades e de incoerências por conta dos lusitanos onde se dá visibilidade a definição de Ferraz de Macedo.
Gilberto Freire cita a miscigenação portuguesa, a formação flutuante, difícil e muitas vezes incoerente do caráter lusitano, definição compatível às de Ferraz de Macedo, que ainda acrescenta a falta de um tipo dinâmico determinado. Toda essa descrição da origem híbrida portuguesa, da sua influência da África, produz uma indecisão étnica e cultural. Sua aptidão pela vida tropical, nos leva a entender a formação antagonista da sociedade brasileira, o caráter formador da nossa civilização. Dá-se a perceber que o autor começa a descrever o clima, a terra e a gente que o Português encontrou: O português diferentemente de outros povos europeus, especialmente os de origem nórdica, teve uma grande facilidade em se adaptar em terras de clima tropical, pois o clima de Portugal era equivalente ao clima africano, que por sua vez tinha suas semelhanças com o