Casa grande e senzala- resumo cap. 3
O colonizador português: antecedentes e predisposições. O terceiro capítulo inicia os estudos do colonizador do Brasil, o português dos anos quinhentos e seiscentos, e não do português contemporâneo. A figura do colonizador português está fortemente relacionada à de um grande escravocrata, entretanto, foi ele que melhor confraternizou com seus escravos e que foi menos cruel nas relações com eles. A colonização no Brasil se deu aristocraticamente, além de ser também patriarcal e escravocrata, visto que, o português fez-se aqui, o dono de terras vastas e grandes quantidade de escravos, mais do que qualquer outro colonizador da Europa. Naquela época, o português vivia de idealizações (um passado de esplendor exagerado, simulando qualidades tipicamente europeias e imperiais, as quais podem possuir durante pouco tempo). O texto faz criticas aos portugueses dos princípios do século XX que possuíam como principais ideais de engrandecimento nacional a conquista da Espanha e a construção de uma marinha de guerra. Marcado pelo ódio ao povo espanhol e aos mouros, o português teria se tornado e conservado independente, predisposto ao nacionalismo e ao imperialismo. No território da América, os portugueses, diante de um vasto território, declararam um processo na tentativa de unificação da península, que consistia em guerra de cristãos (portugueses) e infiéis. Entretanto a perseguição não era direcionada ao índio em si, mas sim a personalidade bugre. Essa mesma hostilidade ocorria para com os ingleses, franceses e holandeses, e possui sempre o mesmo caráter de profilaxia religiosa: seu ódio é contra o pecado e não contra o pecador. Na falta de sentimento ou da consciência da superioridade da raça tão necessitada dos colonizadores ingleses, o colonizador do Brasil apoiou-se no critério da pureza da Fé, ou seja, em vez de ser o sangue foi à fé que se defendeu a todo transe com os