Casa da Cultura

CORDEL
Massapê terra querida
Vou falar aqui de você
Para ninguém esquecer
Tua historia de vida.
O teu jeito, atrevida
Generosa, hospitaleira
Tua gente é tua bandeira
O teu povo é tão gentil
Que faz inveja ao Brasil
De beleza és a Primeira.

Aqui pretendo falar
De tudo, mas no geral
Sendo superficial
Em tudo que aqui há.
Falar de coisa vulgar
De apelidos de gente
Do povo inteligente
Do povo burro também
Isso em todo canto tem
Aqui não é diferente.

Fica perto de Sobral
Perto de Senador Sá
A Meruoca acolá
Dá uma vista lega.
Fica longe de Chaval
Á Santana pertenceu
Mas um dia aconteceu
Nossa emancipação
E nessa separação
Foi que Massapê nasceu.

No meu tempo de criança
Acontecia muita briga
Com Sobral era uma intriga
Isso eu guardo na lembrança.
De acabar tinha esperança
E o tempo foi capaz
Hoje não se briga mais
E as muriçocas voando
Vieram comemorando
E não voltaram jamais.

No ano de cinqüenta e três
Um milagre agitou
A cidade e deixou
Todos “bestas” duma vez.
Nossa senhora que fez
Um Aleijado andar
O mesmo, mudo, falar
Êta santinha legal
Veio de Fátima, Portugal
Fazer “Doquinha” brilhar.

Não tem mais “Maneiro Pau”
Depois que Oscar morreu
A Juventude “desceu”
Quase mata o pessoal.
O Chitão sensacional
Não é como antigamente.
Que trazia muita gente
Vinda de todo Nordeste
Brincar de cabra da peste
Hoje tudo é diferente.

Em Massapê se aposta tudo
Se o rio vai encher ou não vai
Se a chuva cai ou não cai
Dinheiro pouco ou graúdo.
Um dia vi um absurdo
Um amigo que a gente gosta
Fez o diabo de uma aposta
De comer só porcaria
Pra causar disenteria
Pra ver quem tinha mais bosta.

Outra coisa que se faz
Aqui na nossa cidade
É com qualquer novidade
Solta foguete demais.
Solta o menino, o rapaz
E gente grande também
As vezes o fogo vem
Saindo do lado errado
Eu já vi cabra queimado
Dedo arrancado, também.

Em tempo de eleição.
Com o comércio ruim
Pode ate não ter capim
Mas tem