CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: O Longo Caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 15ed. 2012, p. 7-12 e 219-229.

361 palavras 2 páginas
O texto proposto analisa o conceito de cidadania, a tragetória deste no Brasil e a configuração do estado nacional através de sua construção histórica segundo direitos políticos, sociais e civis.
De caráter histórico complexo, a cidadania abarca as diversas dimensões humanas, sendo a interrelação destas necessárias para a estruturação da primeira (p.8-9). Necessariamente, a existência de um não significa a existência de outro, mas a ausência sim (p.8-9), e a soma dos três equivale a existência de um cidadão pleno (p.9).
Delimita-se os direitos civis os direitos fundamentais à vida, liberdade, propriedade e igualdade perante a lei (p.9), este não existe sem os direitos políticos, que consistem na participação do cidadão no governo da sociedade, capacidade de fazer demonstrações políticas, organizar partidos, votar e ser votado (p.9). O último é o direito social, que consiste na garantia de educação, trabalho, salário [justo], saúde e aposentadoria (p.10).
No Brasil houve a inversão de aquisição dos direitos quando comparados com Estados como Inglaterra e França(p. 219), o que significa uma alteração da lógica da natureza da cidadania (p.12). Vindo primeiro os direitos sociais, implementados durante um período de ausência de direitos políticos e de direitos civis reduzidos (p.219). Há também o fato de diversos direitos civis não estarem acessíveis à população até hoje (p. 220).
A incompatibilidade dos direitos sociais menos óbvios com os direitos civis e políticos deixa de lado a importância de certos conceitos na formação histórica da sociedade brasileira (p. 220). Há uma enorme atribuição de importância ao Executivo, o posicionamento dos direitos sociais na base da pirâmide e uma maior orientação cultural para o Estado que para a representatividade do cidadão (p.221).
É observado o amplo enraizamento do corporativismo na sociedade brasileira como sendo causa direta da falta de organização social, gerando a inoperabilidade da representação política (p.223) e a

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