Cartografia das cidades continuas
L&E
v.4, n. 3, 2010
ISSN:2176-8846
Anticartografia das cidades contínuas
George Rembrandt Gutlich
Bacharel em Pintura, Especialista em Museologia, Mestre em Ciências Ambientais e Doutorando em Poéticas Visuais.
Professor do Departamento de Arquitetura da UNITAU Taubaté [SP], Brasil. .
CONPADRE’2010. Apresentado no 1º Seminário de Patrimônio Industrial [Conpadre n.05/2010].
Conferência Internacional sobre Patrimônio e desenvolvimento Regional. Campinas e Jaguariúna [Brasil], 2010.
Resumo
Neste artigo é proposta uma leitura poética dos subúrbios pela resignificação de espaços arquitetônicos fabris e, especificamente, nas situações de conurbação associadas à linha férrea. O caso específico refere-se à linha férrea entre a cidade de São Paulo e Mogi das Cruzes.
Palavras-chave
Poética, paisagem, sublime.
Anti-cartography of continous cities
Abstract
A poetic lecture over a new meaning of old factories around the railways, especially in the cities without limits. That´s the propose in this article. The specific case here was the railway between São
Paulo and Mogi das Cruzes.
Keywords
Poetic, landscape, sublime.
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GUTLICH, G. R. Anticartografia das cidades contínuas. Labor & Engenho, Campinas [Brasil], v.4, n.3, p. 22-28, 2010.
Disponível em: e .
Revista Labor & Engenho
ISSN:2176-8846
L&E
v.4, n. 3, 2010
“Se escondida em algum bolso ou ruga dessa circunscrição transbordante existe uma Pentesiléia reconhecível ou recordável por quem ali esteve, ou então se
Pentesiléia é apenas uma periferia de si mesma e o seu centro está em todos os lugares, você já desistiu de saber. A pergunta que agora começa a corroer a sua cabeça é mais angustiante: fora de Pentesiléia existe um lado de fora?
Ou, por mais que você se afaste da cidade, nada faz, além de passar de um limbo para outro, sem conseguir sair dali”. (CALVINO, 1998 [1972]: p.143).
Nas áreas de ocupação urbana situadas nas orlas