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Poeta italiano Emilio Filippo Tommaso Marinetti, através de uma publicação, na exata data do dia 20 de fevereiro de 1909, num dos jornais mais famosos da França, Le Fígaro, na primeira página, lança seu Manifesto Futurista.
Manifesto este, responsável pelo surgimento de um dos mais revolucionários movimentos artísticos do século 20: o futurismo.
Tendo por base os desenvolvimentos tecnológicos de finais do século XIX, a pintura futurista apostava muitas vezes na sobreposição de imagens, imprimindo dinamismo à cena representada. As figuras ameaçavam escapar do seu contorno, exaltava-se a velocidade e a força numa tentativa de representar o movimento e, com isso, inaugurava-se uma nova crença estética no seio das artes.
Marinetti glorificava as guerras, a agitação da vida moderna, a paixão pelas máquinas, fábricas e velocidade. “O futurismo era o cubismo em velocidade!” Os futuristas pregavam a "liberdade para a palavra". Seus representantes abusavam de frases exclamativas, insultos e pretendiam acabar com hábitos culturais considerados retrógrados.
Para os futuristas, os objetos não se esgotavam no contorno aparente e seus aspectos se interpenetravam continuamente, ao mesmo tempo ou vários tempos num só espaço. Procurava-se expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço.
O futurista não se preocupava em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica, a velocidade descrita por ele no espaço. Os objetos eram mostrados de uma forma que normalmente não se podia ver: um rosto, por exemplo, de frente e perfil ao mesmo tempo. Nas artes plásticas, o futurismo foi o ponto de partida de várias orientações, como o cubismo, surrealismo e o construtivismo. As poesias futuristas usavam uma linguagem radical, com economia de palavras. Essa técnica seria reproduzida mais tarde no dadaísmo.
A primeira grande exposição de pintura futurista teve lugar em Milão, a 30 de Abril de 1911. Daí a três anos, uma