Carta á secretária de educação do rio de janeiro
Venho por meio desta expressar meus pensamentos, desejos e anseios para com a educação infantil da cidade do Rio de Janeiro.
Penso que a educação das crianças de 0 a 6 anos, compreendida como educação infantil, é o período de maior importância na vida escolar de qualquer indivíduo, isto porque é nessa idade que tudo começa a ser desenvolvido, como, por exemplo, o caráter e a moral.
No entanto, o que posso perceber como moradora da cidade e, mais ainda, como pesquisadora da área da educação, é pouca ou quase nenhuma importância dada a tal ensino. O investimento dos governos destinado às creches é baixíssimo, o que acarreta problemas tais como ambientes precário e com insuficiente infra-estrutura, sendo desfavorável ao ensino; baixa remuneração aos professores e aos auxiliares de creche; dificuldade da família em acompanhar o desenvolvimento escolar do filho por problemas adversos; muitas vezes, despreparo de professores e auxiliares de creche; pouco ou insuficiente material de trabalho e dificuldade de locomoção e de se chegar à creche, dentre outros.
Evidentemente, o PNE tem diversos pontos positivos, bem como negativos. Os pontos positivos são o interesse constante em melhorar a qualidade do ensino nas creches, interesse em formar bem os profissionais da área, provendo diretrizes; priorização em atender às crianças das famílias mais carentes, por conta da limitação de meios financeiros e técnicos; interesse da escola em se envolver mais com a família da criança e respeito às diversidades regionais, aos valores e às expressões culturais.
Já os principais pontos negativos são o fato de a educação infantil não ser obrigatória, apenas um direito da criança e, mais uma vez, ter o caráter essencialmente assistencialista, como se as atribuições dos profissionais de creche se restringissem ao caráter maternal/paternal que devem assumir.
A partir do que foi exposto, creio que ainda há diversas questões a