Carta a um amor

Oi, to aqui, te enchendo de novo. Mas é por uma boa causa. Por onde começar? Comecemos então do começo. Gosto quando você diz que mudei sua vida desde que entrei nela. Posso dizer o mesmo. Mudou pra melhor. Eu gosto quando você ri quando pergunto se você esta bravo. Eu gosto de quando você confessa seus medos e felicidades somente comigo. Eu amo o cheiro do seu perfume, a forma de como anda, de como fala, de como tenta explicar algo, a forma de como tenta defender seu ponto de vista. Eu, no fim, bem no fim mesmo, amo quando você me "obriga" a fazer algo que no final será beneficio pra nós. Amo quando você fala do nosso futuro, por mais sonhador que seja. Amo poder dizer que sou apaixonada pelo seu jeito de me tratar, pelo seu jeito único de ser.
Por você eu faria tudo de novo, te amaria muito mais, não deixaria nunca que ninguém ousasse te machucar. Não deixaria que ninguém mais te tocasse a não ser eu mesma. Eu me moldaria, mudaria meu jeito de ser, só pra te ver feliz. E agora eu to aqui, com palavras sem sentido, tentando te dizer, que por você eu apostaria todas as minhas fichas novamente.
E no fundo, por mais clichê que isso lhe pareça, existem só dois tipos de pessoa: as que abrem as janelas da sua alma e as que te deixam livres, e as que trancam. As vezes a gente consegue diferenciar quem é quem antes do primeiro "oi". Outras vezes nem três anos de convivência nos mostram isso. Assim como nem todos os pesadelos são ruins a gente precisa aprender a conviver com cadeados, se não nos tornamos superficiais demais pra sequer existir. E outras vezes a gente vai precisar de gente que enquanto procura a chave pra te soltar, sussurre que tudo vai ficar bem, que dará tudo certo. Mas o importante mesmo, é que chega uma hora que só sobra o que realmente somos. E então, com a vista menos embaçada e coração mais leve, a gente aprende que na vida da gente, fica quem tem que ficar, mas você sempre tem em mãos as pessoas que inevitavelmente terão que ir, mas isso faz parte