carta pessoal sobre parnasianismo
Limeira, 30 de setembro de 2014.
Querido amigo, Já faz um tempo que não nos falamos, nossa amizade esfriou um pouco, mas resolvi escrever essa carta porque a alguns dias atrás me lembrei de você e de nossas conversas em uma aula de Português que eu tive na escola, um momento um pouco inoportuno é verdade, mas, o tema da aula me chamou a atenção, acredito que você adoraria estar lá, portanto irei tentar lhe passar o conhecimento que adquiri da melhor forma que eu puder. A aula que tive foi sobre a literatura brasileira, mais precisamente sobre o Parnasianismo e eu espero que te agrade. O Parnasianismo nasceu na França, a partir de 1866, como um estilo literário, especificamente poético, que se desenvolveu paralelo ao Realismo-Naturalismo, ambos participando do mesmo contexto histórico, a fase de ouro da burguesia que foi estimulada pela Revolução Industrial. Não se devem confundir as ideias do Parnasianismo com estes movimentos, pois o mesmo exclui da sua temática o cientificismo, o cotidiano e a descrição de costumes da época, porem existe algumas convergências importantes entre eles como a negação do subjetivismo e a postura antirromântica. O Parnasianismo surgiu de uma antologia de poetas chamada “Le Parnase Contemporain” com diversas tendências, mas em sua grande maioria, com desejo de ir contra todo o sentimentalismo do romantismo. Entre os seus principais participantes estavam os poetas: Théophile Gauthier, que defendia a ideia de que a palavra formal e a escrita deveriam ser trabalhadas e tratadas com cuidado e atenção; Leconte de Lisle, que preconizava a objetividade na descrição do mundo, renovação dos temas, preferencia pela historia antiga e pela cultura oriental, propunha a valorização dos efeitos plásticos e sonoros, e a utilização do vocabulário raro e preciso; e também Charles Baudelaire, um poeta de extrema complexidade, antecipador de varias conquistas simbolistas e modernas. A