Carta encíclica “Veritatis Splendor”.
A encíclica, de início, apresenta a ideia de que ser obediente à vontade divina na é fácil, isso porque o homem, em si, tem sempre a tendência de afasta-se de Sua presença e adentrar no caminho do pecado. O homem, a humanidade, possui dentro em si um elemento que o faz partícipe do esplendor divino e, por isso, indaga sobre suas atitudes, o que tem feito e o que deve fazer; tal atitude encontramos inteiramente na pessoa do Cristo que, antes de tudo, prefere abraçar a morte na cruz a deixar de lado a vontade do Pai e que, por assim ter agido, é tomado como elemento referencial para a interpretação dos sinais dos tempos pelo seu Magistério. A encíclica apresenta, dessa forma, que a salvação atinge e caminha na linha da moral e, diante dos vários desafios impostos pela sociedade hodierna, busca esclarecer seus fundamentos. Ao apresentar uma parte do evangelho de Mateus (Mt 19,16ss), encontramos a preocupação do homem em conseguir alcançar a vida eterna; de fato, a indagação do jovem sobre como alcançar tal dádiva elucida o desejo do homem de transcender sua existência e alcançar a Deus. Não obstante, o texto ainda apresenta o quanto a moral e a salvação estão relacionadas, pois Jesus responde ao jovem com uma “receita” de vida moralmente reta. Porém, para que se realize plenamente essa vivência moral que nos encaminha para a salvação, devemos ainda reconhecer que Jesus é o caminho para a felicidade e para a perfeição da vida pautada na Lei; isso se deve ao fato de que o próprio Jesus, que é e vive o amor em plenitude, é o coração da Lei. Todos os mandamentos presentes no decálogo se realizam a partir do mandamento do amor, único capaz de levar o homem a sua plenitude. Para bem caminharmos, como nos ensinou Jesus, devemos permitir que o Espírito Santo nos conduza, pois assim