CARTA DA JAMAICA
A análise da ‘Carta de Jamaica’ ou ‘Carta Profética que foi escrita a um cavalheiro da ilha no dia 6 de setembro de 1815, em Kingston; visa demonstrar como Bolívar apropria-se dos ideais iluministas para constituição de seus ideários nacionais, e visão como traçou as perspectivas para os futuros Estados americanos. Bolívar idealizava ‘a maior nação do mundo’, propunha a formação de um grande Estado que uniria várias vertentes políticas para enfrentar a metrópole dominadora. Nação essa que seria construída baseada na ajuda mútua entre países e que necessitava da união e colaboração dos países em questão:
“Tão logo sejamos fortes, sob os auspícios de uma nação liberal que nos empreste sua proteção, se nos verá concordes em cultivar as virtudes e os talentos que conduzem à glória [...] (p. 159)
Sem jamais abandonar seus ideais pela independência, Bolívar percebe que sem o apoio de nações estrangeiras não poderia concluir seu projeto de independência. O que por mais uma vez demonstra a contrariedade dos seus ideais libertários, baseados nas ideais iluministas de justiça, liberdade, igualdade; igualdade essa que não era segundo seu governo para todos, mas priorizavam a elite crioulla que por muito tempo esteve fora da esfera púbica, mas que com as ideais de Bolívar assumiria lugar de destaque no governo, governo esse que não poderia ter um caráter inteiramente popular, democrático, pois tal forma de governar torna-se frágil.
“Busquemos um meio-termo entre extremos opostos, os quais nos levariam aos mesmos escolhos, à infelicidade e a desonra.” (p. 69)
O autor expõe neste documento que é tido como sua principal obra no tratar das questões políticas e geográficas de maneira ampla e detalhada, suas ideias quando a formação e um grande território nacional que teria uma capital que