Carta da Bahia
A escassez dos recursos hídricos na região Nordeste tem sido um fator limitante para o desenvolvimento sócio econômico da população, nesta região que abriga cerca de 20 milhões de pessoas em uma área de 974.752 km2.
Apesar dos longos anos de sofrimento provocado pela seca, e da aplicação das políticas públicas voltadas para a minimização deste problema, a Bahia ainda não conseguiu se tornar menos vulnerável aos efeitos da estiagem. Os impactos negativos afloram sob forma de aumento da pobreza, de falta de recursos financeiros, de baixa produção, de reduzida produtividade na agricultura e pecuária.
Produzir no semiárido exige que a atividade agropecuária se adapte às novas circunstâncias e complexidades, sendo forçada a buscar a eficiência. Os produtores rurais, devem aperfeiçoar as técnicas, alcançando o melhor aproveitamento possível dos recursos produtivos. As mudanças climáticas alertam para um possível aumento de eventos meteorológicos extremos em todo o mundo, sendo crescente a preocupação de como o clima pode mudar o ambiente e afetar a produção da agropecuária
A seca de 2012/2013, portanto tem sua gravidade associada ao fato de que em 2011 nossas reservas hídricas estavam abaixo do volume necessário para enfrentar um ano abaixo da média e o regime das chuvas que caíram, até agora, em 2012 não foram suficientes para atender a demanda de pelo menos uma safra agrícola e absolutamente inexpressiva para atender a recuperação das pastagens.
Quando a seca atinge a um bioma, um produto é comprometido e outros se salvam. Na pecuária criam-se as rotas migratórias das regiões atingidas para aquelas que não sofreram a ação da seca. Entretanto a seca deste ano teve a abrangência de todo o Estado da Bahia provocando prejuízos em todas as culturas e em toda a pecuária por esse motivo é considerada a pior seca dos últimos 50 anos.
A análise dos possíveis impactos das mudanças climáticas na agropecuária permite o planejamento de ações e a