Carta argumentativa
Professora: Vanilda Köche
Patrícia de Campos
CARTA ARGUMENTATIVA
Bento Gonçalves, 10 de novembro de 2014.
Excelentíssimo Secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul
Mesmo não sendo especialista em segurança pública, não é difícil perceber que os crimes, bem como qualquer tipo de violência contra as mulheres, tem tido um crescente aumento nos últimos anos. Apesar da severidade da Lei Maria da Penha e do maior investimento em políticas públicas, o índice de homicídios de mulheres continua alto, fazendo do Brasil o sétimo colocado em lista que contabiliza assassinatos de mulheres em 84 países.
De 1980 a 2010, 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, mais de 43 mil só na última década. As que têm entre 15 a 39 anos correm mais risco. E o local de maior perigo para elas é a própria casa. Isso é o que mostra o Mapa da violência 2012, homicídios de mulheres no Brasil, publicado pelo Instituto Sangari em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). O documento afirma que houve um aumento de 217,6% no número de mulheres assassinadas no país em 30 anos, saltando de 1.353 mortes em 1980 para 4.297, em 2010. Dados recentes revelam que 77% das mulheres em situação de violência sofrem agressões semanal ou diariamente, dos atendimentos realizados de janeiro a junho de 2014 pela Central de Atendimento à Mulher o Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). Segundo a ONU, 7 de cada 10 mulheres no mundo já foram ou serão violentadas em algum momento da vida. No Brasil,
Apesar do governo realizar campanhas, como por exemplo “Violência contra as mulheres – Eu ligo”, investir em programas especializados, políticas, “Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher”, “Lei Maria da Penha”, acredito ter sua principal razão no machismo. A cada 15 segundos uma mulher é agredida, tendo como principal agressor o próprio marido, companheiro ou membro