Carta aberta sobre o álcool
O seu projeto de lei nº 767, de 2011, dispõe a proibição da exposição e propagandas de bebidas alcóolicas em recintos públicos, como parques, praias, feiras, congressos, entre outros. Além disso, aplica-se a proibição às pessoas que portarem ou transportarem bebidas alcóolicas. Esse projeto tem sido muito criticado por BLA BLA. Apesar dos seus pontos negativos, acredito que esse projeto poderá mudar a visão da sociedade sobre as bebidas alcoólicas.
Desde pequena, participo de uma festa junina anual na Vila Militar, em São Paulo. É um evento público e ,obviamente, tem bebidas alcóolicas; entretanto, graças aos meus pais, não via ninguém embriagado e nem estava acostumada a ver pessoas com o comportamento alterado após beber. Na adolescência, ainda ficava chocada com meus amigos bebendo; contudo, ao longo do tempo, passei a achar a normal que eles bebessem em eventos, casas de amigos. Por isso, defendo veemente que a exposição de bebidas é uma forma de banalizar os seus efeitos e consumo. É comum adolescentes que têm pais ou amigos que bebem regularmente, achem normal beber. É comum pensarmos em um rodeio e associarmos - o a cerveja. Dessa forma, quanto mais propaganda, mais pessoas transitando e bebendo, mais banalizado é costume de beber.
No texto “Cervejaço contra a caretice”, Rodrigo Martins afirma que São Paulo é uma cidade para o trabalho e não diversão, justificando pela possível não permissão de beber uma “cervejinha” na calçada. Embora seja verdade que algumas leis impeçam a liberdade de certas pessoas, como a lei anti-fumo, a bebida continua sendo uma droga. Se ela altera tanto o estado físico e mental de uma pessoa, por que as outras drogas também não são permitidas? E esse conflito gerado pelo seu projeto de lei nem tem uma cláusula tão radical quanto seria se fosse a proibição do consumo de bebidas alcóolicas. É claro que ele, por mais que seja repórter de uma revista reputadíssima - Carta Capital, não