carnes
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1. INTRODUÇÃO
Ainda que, antes do esperado, tenhamos ultrapassado nossos rivais e tradicionais competidores internacionais como Austrália e Argentina em quantidade de carne bovina exportada, não conseguimos transformar esta atividade em alta rentabilidade para quem a produz e muito menos em alta qualidade para quem consome. Para que estes objetivos sejam alcançados primeiramente teríamos que diminuir a idade de abate dos bovinos, que persiste ainda no país ser por volta de 3 a 4 anos de idade, e reduzir o intervalo de partos das fêmeas, notadamente das matrizes jovens. Se apenas reduzíssemos a idade de abate já asseguraríamos de um lado, maior rentabilidade para o pecuarista e do outro, a qualidade da carne, uma vez que a idade é a principal ferramenta para garantir a maciez, característica esta preferencial para quem paga e consome a carne. Neste sentido, com a introdução dos sistemas de ciclo curto de produção, como são os sistemas superprecoce – abate aos 13 meses de idade – ou bollita – aos 8 meses de idade – revolucionar-se-ia a pecuária pela maior rentabilidade, trazida pelo retorno rápido do capital investido e pela qualidade da carne, proveniente da idade dos abates.
2. O ABATE PRECOCE DOS ANIMAIS
Sistemas de produção que retardam a idade de abate dos bovinos segundo Willians et al. (1986) são menos eficientes. Animais mais velhos geralmente maiores ou mais pesados por apresentarem maior exigência nutritiva para a manutenção da vida são menos compensadores pois necessitam de maior soma de alimento para fazer 1 kg de carne, diminuindo o lucro para o produtor (Quadro 1).
QUADRO 1. Eficiência Biológicaa observada para animais em diferentes sistemas de Produção
Tamanho Sistema de Produção Dias de Alimentação Peso ao Abate (kg) Eficiência Biológica Pequeno Superprecoce 139 (11,63 meses) 439 52,8 Pequeno Superprecoce 178 (12,93 meses) 492 48,9 Pequeno