Carne Bovina Se H Campo Melhor
Alegrete/RS.
CARNE BOVINA: SE HÁ CAMPO, MELHOR... por Aline Kellermann de Freitas
Como mãe de um menino de três anos, não posso ocultar minha felicidade quando o vejo comer com grande interesse sua dieta de carne bovina. Junto a outras fontes de proteínas de origem animal, a carne vermelha resulta fundamental para seu crescimento, através do aporte de ferro, zinco, selênio, vitaminas do grupo B, aminoácidos, ácidos graxos essenciais e na imediata reposição de energias que ele parece empenhado em gastar todo o tempo.
Penso que os habitantes do Rio Grande do Sul nunca devemos deixar de reconhecer e aproveitar a excelente oferta e disponibilidade de carne de gado da nossa região, onde, diferentemente de muitas outras partes de Brasil e do mundo, a maior parte do rodeio de vacas é todavia criado em condições naturais, elegendo planta por planta sua própria dieta e em base a centenas de espécies vegetais disponíveis nos campos nativos.
Mas foi como Zootecnista da Universidade Federal de Santa Maria –formada logo durante meus estudos de mestrado e doutorado nas universidades federais de Goiás e do Rio Grande do Sul– que mais tarde adquiri certeza científica e tranquilidade moral para consumir e recomendar a carne a campo.
Nos últimos anos tive a fortuna de formar parte de uma equipe de pesquisadores liderados pelo Dr. Prof. José Fernando Piva Lobato e outros colegas zootecnistas, agrônomos, nutricionistas e médicos especialistas em cardiologia (estes últimos liderados pelo Dr. Iran
Castro), com quem revisamos em detalhe a qualidade de nossas carnes e suas implicações para a saúde humana, dado que certos informes alertavam a sociedade sobre algumas consequências negativas de consumo de carnes vermelhas.
Nossa tarefa inicial consistiu em separar estritamente amostras de carne de novilhos alimentados em forma diferente, seja sobre a base de ervas do campo nativo,