carnaval
Mas, para milhares de empresas menores, a festa que antecede a Quaresma, que começa nesta semana, é uma proposta de vai ou racha. De agências de turismo a fabricantes de confete e lojas de fantasias, empresas grandes e pequenas passaram os últimos meses promovendo vendas em ritmo frenético, enquanto todas as demais pessoas no Brasil desfrutavam de suas férias de verão.
"A folia é muito mais do que apenas diversão -é um grande negócio", disse um exausto Elias Ayoud, dono de uma rede de lojas em São Paulo chamada Palácio das Plumas, que estoca mais de 15 mil itens associados ao Carnaval.
"Mas para mim, o Carnaval já acabou", disse ele. "Eu apenas abasteço todo o circo e deixo que todos os demais comemorem."
Desde meados de outubro, as lojas de Ayoub têm funcionado a todo vapor, vendendo de tudo, de contas e penas exóticas até glitter e tecidos para especialistas em Carnaval de todo o país. Apesar de Ayoub, como os proprietários da maioria dos estabelecimentos privados do Brasil, não divulgar números de vendas, ele disse que obtém metade de sua receita anual nos quatro meses que antecedem a festa.
Grande parte disto, ele acrescentou, vem das vendas para grupos conhecidos como escolas de samba, que gastam anualmente o equivalente a milhões de dólares em fantasias luxuosas e carros alegóricos elaborados.
Muitos dos maiores clientes de Ayoub são do Rio de Janeiro. O desfile de lá, com suas dançarinas seminuas e baterias trovejantes, é a face global do Carnaval, apesar de ele ser celebrado em todo o Brasil. Por duas noites, as 14 principais escolas de samba do Rio disputam o título de melhor do Carnaval diante de 70 mil espectadores no Sambódromo, um estádio construído especialmente para