Carnaval sergipano
O Carnaval foi trazido para o Brasil a partir de 1008 com a transferência da corte portuguesa para o nosso território. Aqui a festa ganhou estilos próprios, incorporando a musicalidade dos negros e elementos das culturas indígenas.
Em Sergipe a chegada do Carnaval representou a quebra da monotonia de uma sociedade que sofria pela falta de novidades e de momentos festivos e de lazer. O Entrudo
O Entrudo foi a expressão mais antiga de festa carnavalesca em Sergipe. Trazida de Portugal para o Rio de Janeiro no início do século XIX se espalhando pelo Brasil, chegando até nossa Província.
Foi na cidade de São Cristóvão e nas Vilas de Maruim e Laranjeiras que o Entrudo foi mais festejado. A festa carnavalesca acontecia, como acontece até hoje, nos três dias anteriores a Quarta-feira de cinzas que marca o início da Quaresma.
As pessoas se divertiam em cortejos de maracatus, ou seja, grupos passeando pelas ruas cantando, tocando tambores e outros instrumentos de percussão e bebendo cachaça. Nesses dias os senhores liberavam seus escravos para poderem participar da festa, esses realizavam batucadas em becos, quintais e terrenos baldios.
Havia ainda a "guerra de limão de cheiro". O "limão de cheiro" era uma bola feita de cera ou parafina contendo água, perfume ou xixi dentro. As pessoas jogavam umas nas outras e todo mundo se molhava, tudo com muita correria, risos e mangações. Esse tipo de brincadeira ainda existe em Japaratuba no Carnaval e na festa de Santos Reis (06 de janeiro), o nome é que mudou, hoje chama-se "Guerra das Cabacinhas" (por terem pequenas cabaças como fôrmas). O Zé Pereira e os bailes de máscaras
Os passeios ou corridas de "Zé Pereira" foram outra expressão carnavalesca muito popular no final do século XIX. Grupos de foliões saiam pelas ruas e praças tocando cornetas, batendo tambores e cantando num ritmo agitado e alegre, muitos deles usando máscaras e fantasias de palhaço, animais, políticos, diabos, etc. O "Zé