carmem miranda
Chegou aqui com pouco mais de 10 meses de idade. Naquela época, Portugal nem sequer imaginava o que estaria perdendo. O fato é que o mundo se esbaldaria com o talento e carisma eletrizante da cantora que balançou a Era do Rádio e, Hollywood.
Com 20 anos, foi apresentada ao músico Josué de Barros e logo começou a cantar em clubes e teatros. A música “Pra você gostar de mim”, mais conhecida por ‘Tai’ foi o grande sucesso de carnaval de 1930, vendendo 36 mil cópias (um marco para época).
Das rádios para o cinema foi um pulo. Em 1939, ela atuava em “Banana da terra”, onde apareceu pela primeira vez caracterizada de baiana. Também cantava o sucesso “O que é que a Baiana tem?”, de Dorival Caymmi.
Logo Carmem Miranda se tornou um ícone da moda na época, seu estilo único com e seus trajes exóticos e sapatos plataforma, brilhavam nos palcos dançando e cantando seu repertório de rumbas e marchinhas de carnaval.
Ela Ditou a moda nos anos 30 e 40. Nos EUA, seus turbantes e balangandãs foram copiados e expostos em vitrines. Também arrancou elogios da crítica norte-americana, como nos comentários das revistas Vogue e Look.
As frutas e roupas coloridas não eram o único destaque no guarda-roupa de Carmen. Os balangandãs influenciaram também o mundo do design das joias nos anos 1940.
Carmem Miranda criou uma identidade bem brasileira, sensual, fascinante e colorida. Diziam que ela havia desbancado costureiros franceses como Dior e Chanel.
A relação da diva com a costura começou cedo. Aos 16 anos aprendeu o oficio quando trabalhou na loja La Femme Chic. Com Madame Boss aprendeu a fazer chapéus, roupas e a cuidar melhor de sua aparência. Logo se tornou uma exímia costureira e, segundo sua recente biografia, ela mesma confeccionava seus