Carlos Drummond de Andrade
2.1 Os 25 poemas da triste alegria
A obra “Os 25 poemas da triste alegria” foi escrita no começo dos anos 1920. Doze dos poemas são inéditos, e os demais foram publicados esparsamente em jornais da época, como o Diário de Minas. Nesse período Drummond acabara de mudar-se para
Belo Horizonte onde conheceu Dolores Dutra de Moraes. Em 1924 começou a se corresponder com os poetas Mário de Andrade e Manuel Bandeira. Foi nesse mesmo ano que Drummond pediu que Dolores datilografasse os 25 poemas escolhidos. Depois de datilografados ele mandou encadernar um único exemplar e o deu a Rodrigo Melo
Franco de Andrade.
Nesses poemas, Drummond já utiliza o verso livre (apesar de admitir ser um grande admirador do parnasianista Olavo Bilac), mas sem a “destreza” de que falava Bandeira.
Sua temática são as musas esvoaçantes, o anoitecer, a angústia pela passagem do tempo.
É importante ressaltar que a obra reúne dois momentos do escritor: um se refere a um jovem hesitante antes de se tornar modernista e o outro ao “crítico de si mesmo”.
2.2 Alguma Poesia
A obra de Carlos Drummond de Andrade intitulada “Alguma Poesia” foi escrita no auge do movimento modernista no Brasil, mais especificamente em 1992. A obra é considerada o elo entre a primeira e a segunda geração do modernismo e representa a síntese mais perfeita entre elas. O modernismo no Brasil foi desencadeado a partir da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que antecedeu a primeira guerra mundial, como o Cubismo e o Futurismo. As novas linguagens modernas postas pelos movimentos artísticos e literários europeus foram aos poucos assimiladas pelo contexto artístico brasileiro.
Na primeira fase do modernismo havia a procura pelo contemporâneo, inédito e polêmico, com o nacionalismo em seu diversos aspectos. O retorno das origens, através da valorização do indígena e a língua falada pela população, também foram abordados.