CARGOS E SALÁRIOS
Patrícia Kremer Armstrong (consultora de desenvolvimento organizacional da Caliper)
Conquistar o comprometimento dos colaboradores tem sido um desafio cada vez maior nas organizações hoje. E o que a política de remuneração tem a ver com o assunto?
Uma política de remuneração bem estruturada tem se mostrado uma ferramenta riquíssima de apoio à gestão de pessoas, com benefícios que à estratégia da empresa e até aos aspectos legais relacionados ao tema. Tem o objetivo de estruturar todos os assuntos relacionados aos salários fixo e variável, benefícios e planejamento de carreira.
Considerado a base de todos os programas relacionados à gestão de pessoas dentro de uma organização, o plano de cargos e salários auxilia as empresas na atração de talentos, influencia na produtividade e até mesmo no clima organizacional, pois retribui de forma justa as atividades desempenhadas pelos seus colaboradores, tanto na produção de bens como na execução de serviços.
Um plano bem elaborado consegue fornecer as diretrizes, normas e procedimentos a serem adotados pela empresa para sustentar a gestão salarial. A vantagem dessa implantação é a definição clara da relação vertical existente entre os salários e os cargos (o que o mercado chama de equilíbrio interno) e o ajuste dessa relação à realidade de mercado (equilíbrio externo). Esse ajuste define possíveis “árvores de acesso” para planos de carreira e direciona planos de sucessão. Já, a falta de um plano de cargos e salários pode gerar insatisfação nos colaboradores, pois não fica claro sob quais critérios seus salários foram estabelecidos.
Vários estudos mostram que salário sozinho não é considerado fonte de motivação e não garante o comprometimento, mas é a base de todo o processo. Uma vez implantado e divulgado para todos os colaboradores, eles terão uma visão clara de quais critérios foram utilizados para estabelecer a hierarquia entre seus cargos e salários e poderão