CARGA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA
Muito se discute e se critica a carga tributária existente aqui no Brasil. A reforma tributária é defendida por muitos, e até mesmo a presidenciável Dilma Rousseff se mostrou favorável, essa semana, a essa reforma, chamando-a inclusive de “reforma das reformas”.
O que poucos sabem, no entanto, é que essa reforma não virá para nos fazer pagar menos impostos. A partir do momento que os tributos forem estruturados e a cadeia produtiva for desonerada, é óbvio que essa perda será compensada em outros setores ou com outros tributos.
Li também uma notícia interessante que comerciantes paulistanos venderam gasolina sem impostos em prol da redução da carga tributária. Para se ter uma ideia do impacto, o preço do litro foi reduzido de R$ 2,49 para R$ 1,18. Essa diferença foi custeada pelos organizadores da manifestação.
Entretanto, a pergunta que fica é a seguinte: a carga tributária é realmente muito alta ou o dinheiro arrecadado é mal gasto? É sobre isso que vamos discutir nesse artigo.
Minha opinião sobre o assunto certamente será contrária à grande maioria das pessoas: apesar do dinheiro ser muito mal utilizado, a carga tributária não é alta. Ouso até dizer que mesmo que fosse bem gasto, ainda não seria suficiente para custear adequadamente as despesas públicas mais importantes: saúde, educação e segurança pública.
O grande problema, ao meu ver, é que pagamos nossos tributos e ainda somos obrigados a custear particularmente saúde e educação. Alguns até já utilizam vários serviços particulares de segurança em suas residências, tais como câmeras, cerca elétrica e até mesmo seguranças.
Se o governo nos oferecesse (como a constituição sugere) educação, saúde e segurança de qualidade, nenhum de nós precisaria pagar plano de saúde, escola particular e serviços de segurança privada. Imaginem o quanto sobraria de dinheiro? Será que ainda estaríamos reclamando da carga tributária? Ou até nos proporíamos a dar uma parte