cardiopatia
O coração é uma bomba muscular do tamanho do punho. que apresenta uma notável capacidade de trabalhar sem pausa ou repouso prolongado, durante um período de vida de 70 a 80 anos de uma existência humana. Além disso, ele tem a capacidade de aumentar seu débito muitas vezes, conforme a demanda o exija. Isto se torna possível, em parte, pela capacidade da circulação coronária de responder ao aumento da necessidade de oxigênio, aumentando o fluxo sangüíneo coronário até uma taxa de mais de 10 vezes superior ao normal. Além disso, de acordo com a lei de Starling do coração, os ventrículos podem responder a um aumento agudo de sua carga de trabalho pela dilatação.
Desta maneira, a indicação mais evidente de que um paciente morreu em insuficiência cardíaca é o encontro na autópsia de dilatação ventricular. Quando uma carga de trabalho aumentada é imposta durante um período mais longo — como nos pacientes com hipertensão arterial essencial —, o coração sofre hipertrofia, uma adaptação que aumenta sua capacidade de trabalho. Todavia, esse mecanismo compensatório tem seus limites, como será descrito mais tarde.
Devido à demanda de trabalho incessante, o coração também exige muito mais energia do que um músculo esquelético. A presença de uma concentração maior de mitocôndrias no músculo cardíaco permite este alto nível de produção de energia aeróbica.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Uma conseqüência comum das diversas doenças cardíacas é a insuficiência cardíaca, que é a incapacidade do coração de bombear sangue numa freqüência adequada para as necessidades do organismo. A capacidade funcional de trabalho do coração pode ser avaliada clinicamente por um grande número de maneiras. Por exemplo, pode-se medir a pressão aumentada na circulação venosa causada pela incapacidade do coração de impelir todo o sangue que volta ao mesmo através das veias. Isto produz o quadro clínico da insuficiência cardíaca retrógrada. Uma indicação grosseira da severidade dessa