Cardiologia
A bioética surgiu na década de 70 como um novo campo de conhecimento, onde o interesse era de resgatar as ciências humanas, na área das ciências duras: matemática, física, química, principalmente nas ciências biológicas e na medicina. Isso se deu após um período de pensamento crítico em relação ao do capitalismo inconseqüente, que gerou grandes males à civilização, no sentido de fortalecimento de valores individualistas, no sentimento de posse e poder.
Historicamente, sabemos que a aventura do conhecimento na civilização ocidental é estabelecida pela maioria dos pensadores como tendo sua origem na Grécia antiga, com o aparecimento dos primeiros pensadores. Foi lá que pela primeira vez houve uma tentativa de sistematização do conhecimento para se explicar o mundo.
Após um período de obscuridade, durante a idade média, houve o surgimento do desejo de explicação racional do mundo. Até então, não havia distinção entre ciência, filosofia e arte, pode-se dizer que eram praticamente sinônimos, englobados pela filosofia.
Por volta do século XIX, a nova ciência empírica que nascera dentro da filosofia, adquiriu maioridade e buscou sua independência das ciências humanas. Um movimento filosófico, chamado positivismo, tomou força e fortaleceu a supremacia das ciências empíricas sobre as metafísicas, das quais faziam parte principalmente as ciências que hoje conhecemos como ciências humanas ou humanidades.
Nesse período criou-se uma dicotomia entre ciência e as ciências humanas, que posteriormente viria a solidificar-se em ciência verdadeira. As únicas disciplinas que poderiam ostentar o título de ciência seriam aquelas que partilhassem do método científico, ou seja, passíveis de comprovação empírica, pensamento esse que representa o cerne do positivismo.
Naquele momento havia realmente necessidade da afirmação das novas ciências nascentes, para que essas se libertassem das amarras impostas pela religião e pela própria metafísica. Esse processo de divórcio